Narrativa
Meu Tijolinho Cantante... Após aposentar, fui fazer um Curso para a Terceira Idade na USP “ Resgate de Memória”, ali além de resgatar aprendi a montar meu Baú de Memórias em Pedaços. E quando descobri esse Museu percebi que possuo muitas coisas dignas dele, por exemplo, se eu mostrar essa foto para um jovenzinho nos dias de hoje, vou ver uma interrogação “ ? “ no seu semblante. Não sei como irá definir mas com certeza vai rir de uma tecnologia tão sem estilo e incapaz, verá só imperfeição, não dará mínima importância, para ele talvez seja banal. A realidade é que essa peça ainda faz parte dos meus pertences porque ela trouxe alegria na minha adolescência, e em alguns momentos me fez sentir D+ porque o SPICA era meu. Um Rádio pode ser grande, pequeno ou pequenininho, pode trazer notícias boas ou ruins, alegria e tristeza, pode ser seu ou meu, mas terá sempre uma música boa para todos ouvidos. Foi assim o nosso relacionamento se transformou em casamento, e é por isso que seguimos juntos até que a morte nos separe. É bom registrar que existem muitas pessoas que também tiveram um ”Radio Spica” e por não ter guardado o seu vai matar a saudade ao rever a foto do meu e recordar de alguma história passada na sua vida. O RÁDIO SPICA POR SI SÓ SE EXPLICA.