A oficina “Caminhada da Percepção”, foi realizada pela equipe do Museu das Coisas Banais, em 2018,  durante a 4ª Semana Integrada da UFPel.

Os objetos são parte extremamente relevante no nosso modo de vida,  são personagens constantes em nosso cotidiano, porém são tão naturalizados que, muitas vezes, não olhamos para eles, nem refletimos sobre a sua existência. Os seus restos, descartados em locais indevidos, de tão acostumados que estamos, passam despercebidos e ficam perdidos na lógica do espaço urbano.   Assim sendo, a oficina “Caminhada da Percepção” teve como objetivo instigar a percepção acerca dos objetos encontrados nas ruas, perdidos nos caminhos, além de despertar o questionamento sobre a produção abundante e o descarte igualmente excessivo – e muitas vezes indevido – de objetos. Para isso, a equipe do Museu das Coisas Banais propôs uma caminhada nas redondezas do Campus II da Universidade Federal de Pelotas.

A atividade teve início em uma sala do Campus II,  onde foi realizada uma apresentação dialogada acerca dos objetos e das memórias evocadas pelos mesmos. Também foi abordada a questão da vida útil das coisas,  o descarte e os restos. Uma mala cheia de objetos foi utilizada para despertar a memória dos participante e instigar a discussão sobre as coisas – banais e não banais. 

A partir dos objetos da mala, foi feita uma introdução sobre o Museu das Coisas Banais e os Objetos Biográficos, objetos que podem parecer banais mas que possuem valor subjetivo – guardam as histórias, as memórias e as lembranças de seus donos. Na dinâmica proposta, cada participante foi convidado a escolher um objeto da mala e a relatar alguma memória evocada por este objeto. 

Após esta conversa, os participantes foram convidados para uma caminhada perceptiva nas redondezas do Campus II, na qual foram acompanhados e orientados a procurar, perceber e fotografar os objetos perdidos, jogados ou descartados nas ruas. 

Para finalizar, retornamos para a sala e então houve uma roda de conversa sobre as coisas encontradas, as impressões da caminhada e o papel dos objetos no nosso cotidiano.