É claro que tive muitas outras tesouras na vida. Pequenas, médias, grandes; de cortar unhas, papel, tecido; de trabalhinhos da escola, de ficar na cozinha. Mas esta é a tesoura da minha mãe. A tesoura que sempre esteve guardada e disponível para o que quer que fosse necessário na minha infância. Essa tesoura cortou cabelos, fez franjas horrorosas, costurou e descosturou roupas, partiu esparadrapos para curativos, dividiu cartolinas para cartazes de escola... e não sei bem como viajou comigo quando vim morar sozinha.