Narrativa
Este garfo, diferente de todos os demais que existiam na casa dos meus pais, tinha que estar sempre à mesa, nos horários das refeições, colocado juntamente com uma faca, ao lado do prato do meu pai. Comparando-o com os outros, o garfo tem um tamanho maior que se impõe aos demais como se portasse uma forte personalidade tal qual a do seu antigo proprietário. Caso ele fosse esquecido ou não fosse colocado no seu local de costume, meu pai solicitava que assim fosse feito e nunca utilizava outro. Mania... TOC... O que explica esse comportamento? Não sei... O que sei é que este objeto guarda várias histórias relacionadas ao meu pai e como ele não está mais entre nós, guardo este garfo com muito carinho e raramente o utilizo. Mas, todas as vezes que ele vem à mesa, momentos agradáveis são sempre relembrados por todos aqui, já que uma ponte com o invisível foi construída através dele.